Lição 01: Conhecimento e Amor

💡 CONHECIMENTO E AMOR

Uma Combinação Perfeita
Pr. Marcos de Oliveira | Lição 01
“O conhecimento leva ao orgulho, mas o amor edifica.”
— 1 Coríntios 8:1c

📖 Para o seu devocional semanal medite em:

  • Domingo: 1Co 8:2-3
  • Segunda-feira: Rm 13:8
  • Terça-feira: Fp 4:8
  • Quarta-feira: Rm 15:1-2
  • Quinta-feira: Rm 14:7-8
  • Sexta-feira: Fp 4:9
  • Sábado: 1Co 8:6
1 🧭 TRILHA 1 — Ponto de Partida (Introdução)

Adentramos em um segundo trimestre de estudos sobre a primeira carta de Paulo aos Coríntios. Nesta primeira lição, convidamos você a analisar conosco a importância do amor ao próximo enquanto buscamos o conhecimento de Deus. Nosso foco principal será o amor em contraste com o conhecimento.

Não é nosso objetivo fazer um estudo exaustivo sobre a questão de alimentos sacrificados a ídolos, mas sim entendermos o quão importante é considerarmos aquele irmão mais fraco, que poderia escandalizar-se com nossas atitudes, mesmo não sendo pecaminosas, mas que criariam um certo obstáculo para a fé dele.

Veremos também que, para nós cristãos, não existe nenhuma outra divindade a ser adorada a não ser o único Deus verdadeiro e Seu Filho Jesus, que também é digno de adoração.

Por fim, consideraremos a importância da fé amadurecida, que nos torna capazes de convivermos com nossas convicções sem agredir ou causar escândalo para os mais fracos ou imaturos na fé.

💭 Lembre-se: Por estes Cristo morreu! Nossa liberdade cristã nunca deve ser exercida de forma a prejudicar aqueles pelos quais Jesus deu Sua vida.
2 🔎 TRILHA 2 — Descobrir

O Contexto de Corinto e os Sacrifícios aos Ídolos

Em Corinto do primeiro século, os banquetes nos templos pagãos eram práticas sociais comuns. Parte da carne oferecida aos deuses locais era consumida em celebrações públicas e privadas. Para um recém-convertido, essa questão não era simples de resolver.

📚 Contexto Histórico: “Era uma prática social aceita tomar refeições num templo, ou em algum lugar associado a um ídolo. Era parte da ‘etiqueta’ formal integrante na sociedade. O tipo de ocasião, pública ou privada, em que o povo tinha maior probabilidade de reunir-se, era o tipo de ocasião em que ele se apropriava do sacrifício. Não se importar com essas reuniões, era eliminar-se da maior parte das relações sociais com os companheiros.” (Leon Morris)

Todos na igreja sabiam, ou deveriam saber, que aquelas divindades adoradas pelos ímpios não eram reais e, sim, frutos da imaginação daquele povo idólatra. Assim sendo, qualquer coisa oferecida aos deuses não deveria ser considerada contaminada, já que eles não existiam.

Os cristãos convertidos de Corinto estavam acostumados com o temor pelos deuses pagãos e, para muitos deles, não seria tão simples desligar-se de tal temor. Os crentes de Corinto, assim como os da Galácia, foram libertados da opressão de suas próprias mentes quanto à sujeição a deuses falsos.

“Mas, no passado, quando não conheciam a Deus, vocês eram escravos de deuses que, por natureza, não são deuses.” Gálatas 4:8

A questão central não era a comida em si, mas a maturidade espiritual em se preocupar com quem estava observando, tomando o cuidado para não fazer o outro tropeçar.

3 🗺️ TRILHA 3 — Explorar

O Amor Edifica (v. 1-3)

Em sua primeira carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo dá várias instruções quanto ao comportamento cristão. Uma delas é sobre como usar o conhecimento de forma saudável.

Como seres humanos, somos tentados ao orgulho sempre que manifestamos alguma virtude ou habilidade excepcional em relação aos outros. Paulo sabia desse risco, por isso, achou por bem alertar seus leitores sobre o assunto.

O problema visto por Paulo era a possível arrogância que alguns crentes poderiam desenvolver por suporem ter conhecimento e, assim, menosprezarem os mais fracos na fé. Isso poderia levá-los ao consumo de carnes oferecidas aos deuses, sem que tivessem qualquer cuidado com o impacto na fé dos mais fracos, causando-lhes escândalo.

“Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber. Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido por ele.” 1 Coríntios 8:2-3

O conhecimento, em si, não molda um caráter cristão em quem o possui, mas sim, um espírito de verdadeira humildade e desejo de edificar o outro. Em 1 Coríntios 8:2 é dito que mesmo que alguém julgue-se sábio quanto a algum assunto, ainda assim, terá o que aprender.

Todos nós necessitamos crescer no conhecimento, pois nunca chegaremos na sua plenitude enquanto vivermos aqui. No entanto, Paulo fala de algo mais do que o conhecimento em si: ser conhecido por Deus. A grande questão aqui é sobre o amor ao próximo.

O conhecimento de alguém a respeito de algum assunto deve ser útil para a edificação das pessoas, caso contrário, tanto o seu possuidor quanto os demais, sofrerão prejuízos devido ao orgulho e à soberba. Esse orgulho pode levar alguém a menosprezar aquele irmão mais débil, fazendo-o desanimar de buscar a fé.

Por outro lado, Deus conhece quem realmente O ama pelo fato de demonstrar amor e cuidado por seu irmão (1 Jo 1:7 e 2:9-10). Tal amor é demonstrado pela forma como usamos o conhecimento que o Senhor nos dá em relação ao próximo.

⚖️ Conhecimento vs. Amor: O saber, em si mesmo, só é útil quando está acompanhado de bondade e compaixão. Nós decidimos o que fazer com o conhecimento recebido: seremos egoístas, autossuficientes em nossos próprios conceitos, ou nos deixaremos governar pelo amor?
3 🗺️ TRILHA 3 — Explorar (continuação)

Para o Cristão, Não Há Dúvida de que Há um Só Deus (v. 4-6)

Com a importância do amor cristão em mente, o apóstolo Paulo continua sua explanação a respeito dos sacrifícios idólatras que frequentemente aconteciam na sociedade de Corinto.

📖 Bíblia de Estudo NAA: “Paulo concorda com o conhecimento dos coríntios de que os ídolos não representam deuses e senhores reais. Há um só Deus, e, por ser Ele o Criador dos animais que os sacerdotes pagãos oferecem a deuses inexistentes, não existe nenhum problema relacionado ao consumo da carne em si (Veja também 10:19-20, 25-26).”

O ídolo não possui valor em si mesmo. O título de “Senhor”, em seu sentido absoluto, cabe somente ao Deus verdadeiro, a quem pertence o direito de criação; isso O distingue dos ídolos.

Se alguém tem o direito de receber oferta de sacrifícios de animais, esse alguém é o próprio Criador; quem fez todas as coisas.

“Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, seja a glória para sempre. Amém!” Romanos 11:36

No entanto, todo o sacrifício necessário já foi feito por meio do próprio Filho de Deus. Jesus, que foi oferecido ao Pai como o supremo sacrifício pelos pecados da humanidade, agora deve ser considerado igual ao Pai, no direito de Criador. Isso o torna digno de ser Senhor sobre todos (João 1:1-3).

Questão de justiça é adorar e servir ao Criador. Se fomos todos criados por meio de Cristo, por que nos preocuparmos com supostos deuses e as suas oferendas? O apóstolo toca a consciência dos crentes para que estes não temam aquilo que nada é, no caso, os ídolos pagãos.

Ao mesmo tempo, apela para o bom senso daqueles que se julgam mais fortes em sua consciência, para que se compadeçam dos fracos. Se não há dúvidas quanto à existência de um só Deus verdadeiro, os coríntios devem “virar a página” e seguir em frente.

4 💡 TRILHA 4 — Compreender

Consideração pelo Irmão pelo Qual Cristo Morreu (v. 7-13)

Na terceira parte de 1 Coríntios 8, o apóstolo Paulo revela não mais uma preocupação com os ídolos e suas ofertas, mas, sim, em consideração pelos cristãos mais fracos em sua consciência. Ele afirma que nem todos possuem o mesmo grau de maturidade espiritual, por isso, sua consciência pode ser contaminada.

Quanto aos que se consideravam fortes na fé, o apóstolo os alerta a respeito dessa “liberdade” de comer em templos pagãos:

📖 Bíblia de Estudo NAA: “Paulo está falando a partir da perspectiva dos coríntios. Posteriormente, ele dirá que ninguém da Igreja de Corinto tem o direito de fazer refeições em templos pagãos. Fazer isso é praticar idolatria e, desta forma, tornar-se vulnerável à influência de demônios (10:7, 14, 20-22).”

Mesmo que alguém se considere forte, deve preocupar-se com o irmão e sua consciência.

Os crentes fracos, nesse caso, podem ser aqueles que, mesmo tendo fé e acreditando no poder do Evangelho, estão vulneráveis a uma consciência que se corrompe ao presenciar certas atitudes consideradas, por eles, nocivas aos princípios cristãos.

Assim sendo, precisamos ter um espírito de humildade, evitando situações que venham a prejudicar a fé daqueles crentes sinceros, porém, mais fracos que nós (veja Rm 14:1-3).

“É inevitável que existam pedras de tropeço, mas ai de quem é responsável por elas!” Lucas 17:1b

Assim como Paulo aconselhou aos crentes “fortes” da igreja em Corinto, devemos nos posicionar em nossas atitudes para não servirmos de escândalo para a igreja. Paulo cuidava com os escândalos, aconselhou sobre seu motivo.

“Porque desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E a vontade de quem me enviou é esta: que eu não perca nenhum de todos os que ele me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia.” João 6:38-39

Não devemos pecar contra Cristo (1Co 8:12b). Uma prática, mesmo que não seja em si mesma um pecado, deve ser evitada se servir de tropeço.

💭 Princípio Central: A liberdade cristã não é licença para fazer tudo que queremos, mas responsabilidade de considerar como nossas ações afetam os outros, especialmente os mais fracos na fé.
5 ❤️ TRILHA 5 — Aplicar e Crer

Vivendo o Equilíbrio entre Conhecimento e Amor

Nossa fé é capaz de crescer, e o conhecimento, de se desenvolver cada vez mais. Tudo é uma questão de busca. Precisamos saber que Deus é absoluto e único em toda a vasta criação, por isso, não existe ninguém nos céus e nem na terra que possa igualar-se a Ele; muito menos, ídolos imaginários.

Mesmo que tenhamos nossas convicções de fé, nossos irmãos ainda podem ter dúvidas. Saber respeitá-las faz parte de nossas obrigações como cristãos.

✅ Aplicações Práticas para Nossa Vida:

  • Na Igreja: Evite atitudes que possam escandalizar irmãos mais fracos, mesmo que você tenha liberdade para fazê-las.
  • No Conhecimento: Use seu conhecimento bíblico para edificar, não para humilhar ou intimidar os que sabem menos.
  • Nas Relações: Considere sempre como suas ações afetam a fé dos outros, especialmente novos convertidos.
  • Na Liberdade: Lembre-se que liberdade cristã vem com responsabilidade de amar.
  • No Discipulado: Ensine com paciência aqueles que ainda estão amadurecendo na fé.
  • Na Maturidade: Permita que outros cresçam em seu próprio ritmo, sem impor seu nível de maturidade.
“Ninguém vive para si mesmo e ninguém morre para si.” Romanos 14:7
“Nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos e não agradar a nós mesmos.” Romanos 15:1

Devemos usar o conhecimento que o Senhor nos tem dado para edificar, e não para destruir a fé de outrem. Usar os dons com sabedoria, e não com arrogância.

6 📣 TRILHA 6 — Compartilhar

Ensinando Outros sobre Amor e Conhecimento

Este princípio de equilibrar conhecimento com amor é fundamental para ensinarmos outros cristãos. Podemos compartilhar esta verdade de várias maneiras:

  • Com novos convertidos: Ensine-os que crescer no conhecimento é importante, mas deve sempre ser acompanhado de amor e consideração.
  • Com cristãos maduros: Desafie-os a usarem seu conhecimento para edificar os mais fracos, não para se exaltarem.
  • Em grupos de estudo: Promova discussões sobre como equilibrar liberdade cristã com responsabilidade pelo próximo.
  • No discipulado: Modele este equilíbrio em sua própria vida, mostrando como conhecimento e amor trabalham juntos.
💡 Questões para Reflexão em Grupo: 1. Como posso usar meu conhecimento bíblico para edificar, não para envergonhar? 2. Há alguma liberdade que devo limitar por amor a um irmão mais fraco? 3. De que forma posso demonstrar amor enquanto ensino a verdade?
7 🏁 TRILHA 7 — Ponto Final (Conclusão)

Vimos hoje sobre a importância de amar e considerar aquele irmão ainda imaturo na fé, que precisa de uma atenção maior de nossa parte. A combinação perfeita entre conhecimento e amor é essencial para uma igreja saudável.

Lições-chave desta jornada:

  • O conhecimento sem amor leva ao orgulho e

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